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27 November 2016
INEFICIÊNCIA METABÓLICA, QUEIMA DE GORDURA E CICLOS DE CARBOIDRATOS
por Dudu Haluch
Objetivo de uma dieta que visa aumentar a queima de gordura é aumentar a “ineficiência metabólica” do organismo, fazendo com que ele aumente a perda de energia na forma de calor. Dessa forma, dietas low carb e cetogênica prometem aumentar a queima de gordura através de uma suposta “vantagem metabólica”. A vantagem metabólica se baseia no pressuposto de que “uma caloria não é uma caloria” e portanto a composição de macronutrientes na dieta seria um diferencial para perda de gordura e não apenas o déficit calórico. A vantagem metabólica defendida nas dietas low carb parte do pressuposto que ao reduzir os carboidratos da dieta, os níveis de insulina mais baixos e outras alterações hormonais e enzimáticas, potencializam a queima de gordura e evitam a lipogênese.
Se os estudos parecem indicar que existe uma vantagem metabólica para dietas low carb em relação a dietas isocalóricas high carb/low fat no curto prazo, talvez o mesmo não ocorra no longo prazo, pois as adaptações metabólicas tendem a diminuir a ineficiência metabólica do organismo, ou seja, a perda de peso e gordura no longo prazo diminui com a redução da taxa metabólica (termogênese adaptativa), aumento da eficiência mitocondrial. Se a taxa metabólica é reduzida e a eficiência mitocondrial aumenta, seu corpo reduz a perda de energia na forma de calor, ou seja, ele se torna mais eficiente para poupar as suas reservas energéticas, a sua gordura no caso. Lembre-se, que nosso organismo foi programado geneticamente pela evolução para ser uma máquina eficiente para assegurar as reservas energéticas nos períodos de fome durante a evolução do homem (“genótipo econômico”).
Se a ineficiência metabólica é reduzida, nosso corpo queima gordura com menos eficiência, como um mecanismo de sobrevivência. Nosso organismo não parece fazer distinção entre passar fome por necessidade e passar fome por escolha.
A redução dos níveis de T3 ocorre em dietas hipocalóricas low carb, provocando redução da taxa metabólica, tornando cada vez mais difícil a perda de peso. Estudos mostram que a superalimentação aumenta os níveis de T3, principalmente pelo efeito dos carboidratos, aumentando assim o metabolismo e a queima de gordura.
Para complementar, a bioquímica mostra que a oxidação de ácidos graxos (queima de gordura) é dependente do conteúdo de carboidratos da dieta. A falta de carboidratos na dieta faz o ciclo de Krebs gire mais lentamente. Isso acontece porque a disponibilidade de oxaloacetato diminui com a restrição de carboidratos. O oxaloacetato pode vir do metabolismo de aminoácidos, mas nessa situação de restrição de carboidratos ele é usado principalmente na gliconeogênese, enquanto o excesso de acetil-CoA acaba por formar corpos cetônicos. Daí a frase: “a gordura queima numa fogueira de carboidratos”.
Deixando claro, dietas low carb podem possuir uma vantagem metabólica no curto prazo e a redução dos níveis de insulina e aumentando da atividade das enzimas oxidativas tende a aumentar potencialmente a queima de gordura, aumentando a “ineficiência metabólica” do organismo e consequentemente a perda de energia na forma de calor. No longo prazo essa vantagem metabólica pode ser perdida devido aos efeitos da adaptação metabólica (redução do metabolismo e aumento da eficiência mitocondrial). A adaptação metabólica gerada por dietas restritivas se traduz em uma maior eficiência do organismo de poupar as reservas energéticas e também armazenar gordura com mais eficiência. Uma forma de quebrar a adaptação metabólica é aumentar o conteúdo de carboidratos da dieta, aumentando assim a ineficiência metabólica por atenuação das adaptações metabólicas. Esse tipo de estratégia tem sido utilizado com sucesso no meio do fitness/bodybuilding e é nada mais nada menos que métodos que utilizam ciclos de carboidratos.
REFERÊNCIAS:
Thermodynamics and metabolic advantage of weight loss diets.
Feinman RD, Fine EJ.
Is a Calorie Really a Calorie? Metabolic Advantage of Low-Carbohydrate Diets
Anssi H Manninen
Princípios de Bioquímica de Lehninger
“A calorie is a calorie” violates the second law of thermodynamics
Richard D Feinman and Eugene J Fine
Metabolic adaptation to weight loss: implications for the athlete
Eric T Trexler, Abbie E Smith-Ryan and Layne E Norton
Adaptive thermogenesis in humans.
Rosenbaum M, Leibel RL.
Bioquímica Básica, Marzzoco & Torres
[u]Link do artigo: http://www.duduhaluch.com.br/ineficiencia-metabolica-queima-de-gordura-e-ciclos-de-carboidratos-dudu/
[/url]
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23 November 2016
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60 kg
0.9 kg
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Losing 0.8 kg a Week
15 November 2016
Em 2012 90kg » Em 2016 60kg
Em 2012 54% BF » Em 2016 16% BF
Tudo isso em 4 anos de dieta e treino intenso.
Não é do dia para noite e não é fácil e sim tem que haver concessões.
Somente hoje após 4 anos é que estou ganhando o shape que sempre quis.
Forte e atlético. 4 anos de dedicação e disciplina.
Meu objetivo atual: 14% BF
Coloque sempre um objetivo coerente com sua realidade atual.
Quando comecei meu objetivo era emagrecer 15kg e chegar em 75kg.
Voltar a usar um manequim que pudesse ser adquirido em lojas que não fossem especiais para pessoas obesas.
Conforme alcançava minhas metas, estipulava novas metas e é assim até hoje.
Tenha em mente que dieta é para a vida, dieta não é algo que eu faço por 3 meses e depois volto a me alimentar como eu me alimentava antes da dieta.
Foi essa alimentação prévia que trouxe um shape obeso, flácido e problemas de saúde. Logo, não existe comer direito por 3 meses e depois voltar a comer como antes. É incoerente!
Então seja consciente e razoável na dieta que escolher, pois ela SERÁ SEU ESTILO DE VIDA. Não adianta escolher algo que não consiga levar para a vida toda.
Meu estilo de vida é:
1. PROTEÍNAS
2. GORDURAS
3. CARBOIDRATOS DO BEM
Leguminosas, tubérculos, hortaliças no geral e grãos.
Tudo com moderação e equilíbrio.
Sim porque carboidratos são importantes e extremamente necessários na queima de gordura.
0% carb significa uma diminuição drástica dos seus hormônios tiroidianos o T3 e T4, responsáveis pelo seu metabolismo.
A aveia não é minha inimiga, nem a batata, nem o milho.
Não foram esses alimentos que me deixaram obesa.
Sejamos honestos!
Ninguém fica obeso comendo batata cozida, milho, frango e hortaliças.
É possível sim, mas bem improvável.
E lógico... nunca esquecendo as calorias.
Mesmo a comida sendo boa, um superavit calórico fará sim com que você ganhe peso.
No final das contas as calorias contam... é simples »
déficit calórico = perda de peso
superavit calórico = ganho de peso
O CONHECIMENTO SERÁ SUA MELHOR DIETA.
Entenda seu corpo, seu metabolismo, seus hormônios.
Saiba o que você coloca no prato, estude os alimentos e seus valores nutricionais.
Leia rótulos e entenda de uma vez por todas que a INDUSTRIA ALIMENTÍCIA VISA LUCROS E NÃO SEU BEM ESTAR.
A ESCOLHA E RESPONSABILIDADE É SUA E SOMENTE SUA.
(12 comments)
15 November 2016
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